Como muitos outros jovens africanos dos anos setenta e oitenta, o realizador Abderrahmane Sissako foi estudar para a União Soviética em 1980. Na escola de cinema de Rostov conheceu um jovem angolano, Alfonso Baribanga, antigo combatente na guerra de libertação daquele país que, para Sissako, era a encarnação perfeita do idealismo da geração saída dos vários processos de independência africanos. Dezassete anos mais tarde, tendo apenas uma velha fotografia como ponto de partida, Sissako reúne uma equipa de cinema e parte para Angola à procura do seu velho amigo. A viagem em busca do amigo transforma-se progressivamente numa reflexão sobre a derrota dos sonhos de mudar o continente que a geração do realizador partilhava no tempo em que conheceu Baribanga em Rostov.

Abderrahmane Sissako, Mauritânia, 1997, 60'

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A travelogue in search of the past that discovers the present instead: Abderrahmane Sissako records his journey across war-torn Angola to find an old friend but really to recapture his own hopes for Africa.

In 1980, director Sissako left his native Mauritania for Rostov-on-the-Don, where he became fast friends with Baribanga, an Angolan independence fighter, while he learned Russian, then studied the art of filmmaking. Almost two decades later, Sissako begins another life-altering journey, this one to Luanda-back to his old friend and to his deepest African roots. This is turbulent African history written in actual flesh and blood, as Sissako captures the painful stories of the habitues-blacks, whites, and mixed-of the Biker Cafe, located in the heart of Luanda.

Abderrahmane Sissako, Mali/France 1997; 58m.